terça-feira, 28 de junho de 2022

OLHE PARA TRÁS - COLUNA VISÃO, COM RONALDO NAVES.







OLHE  PARA TRÁS


                                                                                                                                  Por Ronaldo Naves.


Olhando para trás, vejo as coisas de forma mais clara. Consigo enxergar as vezes que caí e as que me levantei. Consigo avaliar melhor a minha própria força e saber dos meus limites. Olhando para trás, entendo por que nunca desisti, apesar de que, algumas vezes, pensei nisso. 

Hoje, parece claro que sempre estive sustentado por um amor palpável, ainda que invisível.


Todas as dificuldades foram superadas, mas não significa que tenha sido fácil. Não,  não foi nada facil. A vida é  sempre uma incógnita quando se trata do futuro, pois não se tem certeza de absolutamente nada. Entretanto, olhar para trás é um exercício de verificação e análise daquilo que já ocorreu. É como avaliar os detalhes de uma partida pelo videotape. Olhar para trás é uma excelente oportunidade de corrigir erros, reforçar acertos e, caso necessário, redirecionar a rota. 




Para o povo judeu o futuro se encontra nas nossas costas, e o passado à nossa frente. Isso se dá exatamente pelo fato de que todas as coisas que já se passaram, podem ser vistas, assim, como se estivessem diante da nossa cara, enquanto o amanhã é uma verdadeira incógnita, por isso, está atrás de nós, em algum canto ainda obscuro. 


A beleza de tudo que nos cerca e da própria vida é a completa incerteza sobre o minuto seguinte e o nosso constante esforço para se adaptar, superar e vencer os desafios propostos. Se você está vivo, você é um vencedor, contudo, ouvi dizer e concordo plenamente, que a vida é uma aventura da qual não se escapa com vida. Não por nós mesmos ou pela força exclusiva de nossos braços. 


Como ja disse anteriormente, somos limitados e a própria matéria representa uma fronteira a ser transposta. Quem já foi e quem já voltou de lá? Lá, das dimensões transcedentais onde as leis são diferentes, embora os princípios sejam universais. 

Olhando para trás vejo quantos parentes e amigos já cruzaram essa linha que separa os dois mundos: o da carne e o do espírito.



Muitos só veem um desses mundos porque seus olhos céticos se fixaram no que é aparente, apenas.

 Esquecem -se de olhar para cima, para dentro e para trás, deixando de aperceberem a presença de Deus dentro deles. Olhando para trás, vejo quantos foram alcançados e quantos continuam cegos e atados por sua própria sabedoria.

Olhando para trás, vejo nitidamente a minha ignorância quando pensava que sabia alguma coisa.


Olhe para trás você também e entenda que aqui é só uma antessala de passagem dentro de um breve tempo de um relógio que marca a eternidade.

É isso que vejo quando me despeço de alguém que já cumpriu sua missão e partiu.

A maior missão de todas foi cumprida na Cruz por quem ensinou o amor incondicional de um Pai por seus filhos. Recomendo a você que busque o sentido das coisas começando por esta história, a qual aprendi olhando para trás!



segunda-feira, 27 de junho de 2022

NOTA DE PESAR: JOÃO EVANGELISTA MADEIRA DA SILVA.

 




NOTA DE PESAR 


A AAPC lamenta comunicar o falecimento do Agente Policial de Custódia Aposentado JOÃO EVANGELISTA MADEIRA DA SILVA, ocorrido em 24.06.2022, em virtude dos procedimentos decorrentes de uma cirurgia.

JOÃO EVANGELISTA, como era conhecido, foi professor da Escola Superior de Polícia Civil, Diretor da Carceragem, Vice-Diretor do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e primeiro diretor da Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I).

A AAPC manifesta seus pêsames aos familiares e amigos do Policial.




sábado, 25 de junho de 2022

Por onde anda: Aldeni

 


                               Por Glauber Vieira.


A agente policial de custódia Aldeni Pereira Xisto de Assis, da turma de 1999, escreve sobre sua experiência na PCDF: "primeiramente agradeço a Deus, e, quero dizer que me sinto feliz e honrada pelo convite do Glauber e agradecer também à AAPC pelo espaço pra contar um pouquinho da história de uma menina pobre, criada pelos avós (no interior do Piauí), que com apenas 13 anos de idade e a quarta série, decidiu sozinha, vir pra Brasília em busca de estudo e trabalho.

Antes de entrar na polícia eu trabalhava na secretaria de saúde, tinha acabado de me formar em ciências contábeis e era concurseira, porém não tinha intenção de fazer concurso pra polícia, mas foram os meus colegas de trabalho que me incentivaram a me inscrever. 


                                               

E, claro, eles estavam certos.  Foi uma conquista que agradeço a Deus desde o momento em que passei e não me cansarei nunca de agradecer. 

Tomei posse e fui lotada no CIR onde permaneci até 2015, além de muito trabalho, fiz muitos amigos (tentamos não deixar isso se perder). Foram 15 anos na área  de pessoal na qual auxiliei meus colegas de trabalho  em tudo que estava ao meu alcance e tinha satisfação em poder fazer isso. Depois tive uma breve passagem na DCPI e CPP e depois mais 2 anos no NAC, onde tive uma grande experiência nas audiências de custódia. Mesmo com todas as dificuldades, mesmo não sendo valorizados como merecemos, tenho orgulho de ser policial. 

Me aposentei em 2017 e estou amando esta fase, sem ter obrigação de cumprir horário, não ser escalada pra plantão no final do expediente, ficar mais tempo com meus filhos, pois foram muitas as dificuldades em conciliar trabalho com os filhos pequenos. 

Também posso cuidar mais de mim, apesar de ter ficado um tempo fora da academia, por motivos de saúde, sempre gostei de me exercitar. Até que, no tempo certo, entendi que pra ter minha saúde física e mental de volta, teria que retornar à atividade física e, como muitos já sabem, a vida fitness, tornou-se minha paixão. Gratidão ".



quinta-feira, 23 de junho de 2022

PRATELEIRAS - COLUNA VISÃO, COM RONALDO NAVES

 




PRATELEIRAS


Dei uma olhada nos armários aqui de casa e vi que apesar de algumas prateleiras necessitarem de uma arrumação, a maioria delas estava organizada. Percebi que as prateleiras inferiores são as mais bagunçadas, pois são as mais exigidas. Ali, colocamos as coisas que utilizamos no dia a dia e com muita frequência. Logo a cima, estão os objetos que são menos usados, mas não menos importantes e, por fim, as prateleiras mais altas com baixelas e jogos de porcelana quase nunca exibidos, apesar de sua beleza e requinte.


Na vida, sempre moramos nas prateleiras inferiores. Acho que, pelo menos, a maior parte do povo vive nelas. São práticas, acessíveis, simples e representam todo o básico necessário para a realização das tarefas cotidianas. Tudo, ali, fica à mão e o seu manejo é automático já que nosso inconsciente sabe o que fazer sem muito esforço mental. São os pratos, xícaras e copos onde bebemos e comemos várias vezes ao dia.


A prateleira intermediária é o lugar que visitamos quando precisamos de algo mais, que não usamos tanto, mas que é importante para estabelecer uma certa relação de normalidade nas nossas vidas. É a sopeira nas noites frias ou a travessa que recebe o bolo de cobertura ou o manjar de côco com ameixas pretas nas sobremesas semanais.


Lá no alto, no lugar que a escada ou o banquinho nos ajuda no acesso, estão as coisas finas de cristais e porcelana desenhada que raramente são expostas e que fazem exatamente a mesma coisa que os objetos de baixo fazem. A diferença está na nobreza do material e no valor que lhes é atribuído. Deus nos livre de quebrar qualquer um deles. São os faqueiros de prata, as taças de cristais, os jogos de porcelana, enfim, tudo aquilo que podemos dispensar e que não fariam a menor falta, haja vista a frequência com que são utilizados.


A verdade é que somos induzidos a pensar que somos mais felizes quando comemos iguarias culinárias em louças finas e raras. E é verdade que quando mudamos a rotina,  parece ativar uma parte do cérebro que nos causa sensações de bem-estar. É fácil saber o que é essencial e realmente tem valor; basta observar ao redor e ver o que está ao seu alcance e você acessa várias vezes ao dia. Lembrando sempre que tais objetos não são nada se dentro deles não for as bênçãos de Deus. Sim, pense bem e veja que o copo sem água não mata a sede. O prato sem o alimento, perde o sentido. A panela vazia suplica o arroz e o feijão. 


Na prateleira da vida, esbarramos com muitas pessoas que estão e estarão sempre no mesmo nível que nós porque independente da beleza, conhecimento ou riqueza nossa ou delas, o amor é o elemento que nos une e nos iguala. Outros estarão um pouco distantes, mas não são menos importantes, apenas, por força das circunstâncias, perderam a proximidade, no entanto, o amor também é o mesmo e estarão bem perto de nós e nós deles se houver necessidade.


Por último, haverá pessoas na tábua derradeira e mais alta da prateleira. São chiques e requintadas; possuem status e são perfumadas, são bem-vindas quando aparecem, porém, são dispensáveis, pois não agregam nada relevante a quem somos. A relação é formal e o amor não existe.


Assim, aprendo que o que atribui valor e importância a tudo é o amor. Ele é a comida sem a qual ficamos todos famintos. Sem Ele somos pratos e panelas vazias. Com Ele temos pão, água e vida a oferecer. Nossas botijas  estarão sempre nas prateleiras de baixo, ao alcance de quem quiser se servir do alimento que dEle recebemos e guardamos em nós. Não há nada fora de Deus, nem pratos ou talheres; nem alimento, nem vida; e acreditem, nem mesmo prateleiras!


Ronaldo Naves

segunda-feira, 13 de junho de 2022

ESTRÉIA DA COLUNA VISÃO, COM RONALDO NAVES - UM OLHAR DIFERENCIADO SOBRE A EXISTÊNCIA HUMANA.

 




EU E DEUS SOMOS MAIORIA



Às vezes, o joelho se dobra, os ombros esfolam e as costas são castigadas com o peso das responsabilidades, com a carga demasiada das perdas que sofro, com as dores que ferroam minha alma. Sou testado todos os dias por todos os lados. Sou ilha cercada de desafios que ameaçam invadir minhas praias. E os temporais de problemas dão contra os rochedos de fé que erigi como escudos que protegem minha estrutura e a mantém de pé. 


Não importa o tamanho das dificuldades que se erguem diante de mim, porque minha força está em Deus. E ainda que se dobrem os joelhos, haja vista o jugo pesado, e meus olhos fiquem marejados por causa dos aguilhões que me ferem, e mesmo que as feridas sejam remexidas constantemente antes que se curem, eu não recuarei um passo da sua presença. O Senhor é quem estabelece meus limites e conhece a largura dos meus ombros. Aceitarei andar por caminhos pedregosos e lutarei com gigantes se assim for a Tua vontade. Contigo atravesso desertos escuros e suporto as dores da estrada, porque tudo é possível àquele que crê e eu creio de toda a minha alma.


Não aguentaria Tua ausência ainda que por um breve momento, pois seria a experiência de um soldado que perdeu o sentido da batalha. Quem crê luta com as armas espirituais que lhe conferem poder e renovo que os faz levantar uma vez após a outra, porque os olhos estão em Ti.


Não há missão grande demais  tampouco apequenada, mas apenas missão. Seja fornalha, seja cova de leões ou seja andar sobre as águas, ali estarei confiante e preparado, pois aquele que envia, também capacita e sustenta. Confesso que cada passo dado, em meio às lutas, só foi possível porque suas mãos me conduziram. Do contrário, não seria possível caminhar exclusivamente pela minha propria força. Não sou nada sem a Tua presença,  só ilusão e soberba. Por isso, reitero minhas súplicas diárias para que me unjas com o óleo da fé, para que me ilumines com a sabedoria do alto e para que faças morada em mim. Desta forma, coisa alguma jamais me faltará!


Ronaldo Naves.

Pedido de ajuda

A AgPC aposentada Fernanda pede doação de sangue para sua mãe. Fernanda, que é casada com o também agente Klever, aposentou-se a alguns ano...